It takes a great deal of History to produce a little History

Friday, October 19, 2012

Épocas. Ensaios sobre a Carta Arqueológica de Portugal

Indicadores elementares sobre épocas histórico-arqueológicas de ocupação.
Estudos cartográficos. 
Post em desenvolvimento

Modelo de dados da informação arqueológica usada na elaboração dos indicadores e mapas. Implementação em MS-Access
Modelo de processamento de dados. Rede lógica e interfaces

Sítios Arqueológicos por Concelho.
1) Densidade de Sítios (Nº de Sítios por Km2)
2) Nº de sítios

Sítios com ocupação por grandes épocas.
Indicadores concelhios:
1) Densidade (nº de sítios com ocupação na época por km2)
2) Peso relativo dos sítios com ocupação na época relativamente ao total de ocupações

 
Sítios com ocupação por grandes épocas.
1) Nº de sítios e peso relativo dos sítios da época, por concelho
2) Implantação pontual de sítios com ocupação na época (distribuição e densidade implícitas)



 Nota: A informação original foi extraída de um instantâneo da base de dados "Endovélico" (IGESPAR, Lisboa), em 22 de Setembro de 2012


Monday, October 15, 2012

Saturday, October 13, 2012

Nova Carta Arqueológica do Algarve




Cento e vinte e sete anos após a publicação da Carta Arqueológica do Algarve por Sebastião Estácio da Veiga (ver o post Carta Arqueológica do Algarve -1883 neste blog) já é tempo de actualizar esse projecto com a informação entretanto adquirida e as técnicas actualmente existentes.

Será um projecto muito mais ambicioso que o primitivo, sob a forma de atlas, cujo plano se divulgará oportunamente.

Fica para já aqui um teste de um dos mapas principais dessa carta: da distribuição de sítios arqueológicos cuja localização era conhecida em 22-09-2012, segundo os grandes períodos histórico-arqueológicos da sua ocupação.

Clique para aumentar


Wednesday, October 10, 2012

Carta Arqueológica de Portugal Romano


Este post apresenta alguns ensaios e testes de elementos de uma futura carta arqueológica da ocupação romana no actual território português.



A base de dados Endovélico (do ex Instituto Português de Arqueologia) tem grandes insuficiências como repositório da informação arqueológica localizada em território nacional. A própria qualidade dos conteúdos informativos da esmagadora maioria dos sítios arqueológicos deixa muito a desejar, de acordo com critérios relativamente actuais.

O seu acesso também não tem sido facilitado graças à tradição burocrática da administração pública portuguesa, sempre atreita a excessos de zelo na ocultação, dificultação e apropriação indevida de informação de domínio público.

Apesar deste diagnóstico muito pessimista, a base de dados Endovélico reúne um manancial único de dados que nunca foram convenientemente analisados e organizados, tendo em vista nomeadamente os estudos de reconstituição da geografia de épocas passadas.

Trabalhos em curso sobre o Algarve Romano levaram-me a compilar e organizar essa informação, com vista a uma análise sistemática da sua qualidade e da possibilidade da sua integração em modelos de reconstituição corográfica.

Apresento aqui os primeiros ensaios de distribuição pontual de alguns atributos de informação, escolhidos aleatoriamente.

Ver neste blog o post Sítios Arqueológicos Romanos em Portugal com um mapas interactivo de sítios com ocupação na época romana.

Os mapas correspondem a um instantâneo da base de dados Endovélico em 22 de Setembro de 2012.


01 Elementos do Povoamento e Ocupação Romana
02 Villas Romanas segundo a interpretação arqueológica

03 Achados Romanos não especificados

04 Ânforas Romanas

05 Cerâmicas Romanas

06 Inscrições e Lápides Romanas

07 Lagares e lagaretas Romanas

08 Marcos e Miliários Romanos

09 Achados de Moedas Romanas

10 Mosaicos e Tesselas de mosaico Romanas

11 Sepulturas e necrópoles Romanas

12 Povoados (Fortificados e abertos), Habitats e Zonas de Vestígios com ocupação Romana

13 Cerâmicas sigillatas

14 Tanques e Cetarias

15 Tégulas Romanas

16 Minas e Conheiras Romanas (a azul) e de Época Indeterminada (a cinzento)

Carta Arqueológica de Portugal

Ensaios preliminares e testes de uma Carta Arqueológica de Portugal 

Sítios Arqueológicos da Base de Dados Endovélico em 22 Set 2012, excepto se especificado em contrário

Ver o post anterior 
SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS (TOTAL)


PALEOLÍTICO

PALEOLÍTICO E MESOLÍTICO

NEOLÍTICO

NEOLÍTICO+CALCOLÍTICO E CALCOLÍTICO

IDADE DO BRONZE

IDADE DO FERRO

ANTIGUIDADE ROMANA

ALTA IDADE-MÉDIA / ANTIGUIDADE TARDIA

IDADE MÉDIA ISLÂMICA

IDADE-MÉDIA CRISTÃ/PORTUGUESA

IDADE MODERNA

IDADE CONTEMPORÂNEA

PERÍODO INDETERMINADO

GRAVURAS RUPESTRES

MENIRES (preto) E ANTAS (vermelhas)

POVOADOS FORTIFICADOS



Friday, September 28, 2012

Sítios Arqueológicos Romanos em Portugal



Contribuição pessoal para as "Jornadas Europeias do Patrimóno" de 2012 e para comemorar o 100º post deste blog!


MAPA INTERACTIVO DE SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ROMANOS
versão experimental


Localização aproximada (±500 metros de erro) da totalidade dos sítios com ocupação romana no território português, identificados e com localização conhecida em 22 Setembro 2012.

"Clicar" sobre os símbolos para visualizar alguns atributos de informação associados. Pode mudar-se a ampliação e deslocar a parte visível do mapa. A zona de implantação abrange todo o país.

Fonte: Base de dados Endovélico (IGESPAR, Secretaria de Estado da Cultura)

A Base de Dados Endovélico*  de informação arqueológica constitui hoje o principal ponto de partida para o estudo da "arqueologia espacial"/"geografia arqueológica" do território português, graças ao continuado esforço da equipa responsável pela sua manutenção, desenvolvimento e melhoramento dos dispositivos de consulta.

Limitações dos dispositivos de consulta
Neste último aspecto continuam porém a existir limitações muito sérias aos utilizadores, de dificultação ao acesso sistemático e integral da informação existente. O sistema de paginação é rígido e o sistema de interrogação é limitado.
Nenhuma página reúne a totalidade de informação sobre um sítio nem existe um meio automático de obter uma listagem integral de sítios e seus atributos a partir de critérios omissos ou mais ou menos selectivos. Não é possível obter, por exemplo, uma lista de sítios de um distrito nem uma lista ou registo singular que contenha simultaneamente todos os períodos do sítio e as suas coordenadas geográficas.
  
Solução de contingência
Elaborei uma folha de cálculo estática - referente à situação da base de dados em 22 Setembro de 2012 - que resolve estas limitações, apresentando (quase) toda a informação disponível de forma sistemática e exaustiva para os 8910 sítios arqueológicos que tiveram um período de ocupação romano. A versão pública usada acima na janela de localização do GoogleMaps(tm) tem as seguintes características:
·   As coordenadas geográficas foram propositadamente truncadas, com uma erro estimado de ±500 metros relativamente à localização real. Esta aproximação é mais que suficiente para todos os estudos de cartografia de implantação supra-topográfica e de análise espacial (corresponde a um erro cartográfico de ±2.5mm à escala 1:200 000, por exemplo).

·  Os detalhes das fontes documentais (trabalhos arqueológicos e bibliografia) são excluídos, com excepção do título e do ano. Porém, para além da lista de referências, apresentam-se os anos limites das fontes de cada sítio (ano da fonte mais antiga e da mais moderna).
 
Qualidade da informação
A qualidade da informação disponível tem também infelizmente numerosas e graves deficiências, que devem ser conhecidas e avaliadas pelos eventuais interessados.
No caso particular da Época Romana essas deficiências reflectem sobretudo o carácter primitivo e esporádico da esmagadora maioria do registo dos vestígios romanos em Portugal: proveniente de colecções de objectos de origem pouco definida; de notícias de achados casuais; de prospecções impressionistas e não sistemáticas; de intervenções antigas e e não aferíveis por critérios actuais; e de intervenções técnicas excessivamente pontuais e incompletas.
As consequências mais marcantes deste primitivismo no conteúdo da base de dados são a falta de elaboração e sistematização na descrição dos vestígios, o subjectivismo e modismo na classificação de sítios e as numerosas ausências de localizações conhecidas (omissão de coordenadas geográficas e mesmo de freguesia).

Atributos de informação
Os atributos de informação registados e disponíveis por sítio são os seguintes:

·   CNS: Código Nacional de Sítio Arqueológico
·   Designação
·   Tipo de sítio
·   Distrito
·   Concelho
·   Freguesia
·   Longitude (truncada com erro de cerca ±500-600m)
·   Latitude (truncada com erro de cerca ±500-600m)
·   Períodos de ocupação (Lista)
·   Descrição
·   Meio
·   Acesso
·   Espólio
·   Depositários
·   Classificação
·   Conservação
·   Processos Administrativos
·   Número de trabalhos arqueológicos
·   Número de referências bibliográficas
·   Ano inicial fontes arqueológicas e bibliográficas
·   Ano final idem
·   Trabalhos Arqueológicos (Lista): Tipo de trabalho|Ano| Objectivos|Resultados | Responsável
·   Bibliografia (Lista): Título|Ano|Autor|Edição

É assim uma base de dado de sítios, em que o elemento relacional explícito se reduz às referências de trabalhos arqueológicos e de bibliografia.

Limitações do esquema/modelo da base de dados
As limitações mais evidentes deste esquema/modelo de dados são as seguintes:
-       A relação dos períodos com os sítios não é explícita, sendo realizada por enumerações informais;
-       O tipo de sítio é independente da periodização, isto é, o modelo não contempla a existência formal de tipos diferentes/específicos de sítio em épocas distintas para um mesmo sítio arqueológico.
-       O thesaurus da nomenclatura de tipos de sítio não é nem consistente nem hierarquizado. Abundam nas designações de período as formas irregulares, assim como comentários e interrogações cuja possibilidade formal é omissa no modelo.
-       A designação do sítio é usada para definir, de modo não normalizado, aspectos estruturados da identificação do sítio não contemplados no modelo: enumerações específicas, moradas urbanas, período arqueológico, etc.
-       A descrição dos vestígios não apresenta qualquer estruturação nem um léxico normalizado, dividindo-se além disso aleatoriamente por dois campos (descrição e espólio). Esta limitação é a mais grave pois condiciona seriamente toda a análise espacial dos vestígios e, mais notoriamente, uma avaliação independente dos critérios de classificação dos sítios.
Em síntese, as manifestas limitações do modelo de dados levam os actualizadores da base de dados a utilizar "esquemas" informais para contornar essas limitações, baseados em construções livres de texto inconsistentes entre si e não validadas.

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 *ex Instituto Português de Arqueologia/IGESPAR


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