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Friday, September 05, 2008

Arqueologia do concelho de Olhão

O conhecimento arqueológico do concelho de Olhão, sobretudo da freguesia de Moncarapacho, é resultante de dois fenómenos contraditórios:

  • Tem a seu favor a presença casual e extraordinária do saudoso Dr. José Fernandes Mascarenhas, que ao longo da sua vida tentou coligir todas as notícias arqueológicas da zona e verificá-las pessoalmente, sempre que possível. Sem esta sua acção de recolha, publicação e exposição de alguns dos espólios no museu de Mocarapacho, a ignorância seria idêntica à da grande maioria das zonas não urbanas do Algarve, isto é, quase total.

  • Tem contra si o inexplicável desinteresse dos arqueólogos e historiadores antigos sobre o local, onde nunca foi feita uma prospecção sistemática, onde o tremendo desenvolvimento urbanístico e agrícola dos últimos anos se tem efectuado sem o mínimo cuidado de registo do património arqueológico e onde a maioria dos materiais descobertos nunca foi objecto de estudo científico e, muito menos, de uma contextualização histórica e territorial. Resulta deste abandono a inexistência de uma verdadeira carta arqueológica, estando por localizar com precisão uma grande parte dos sítios assinalados.

O catálogo dos sítios até agora identificados apresenta-se abaixo, sob a forma de tabela.

Não pretende ser exaustivo, visto basear-se apenas na bibliografia imediatamente disponível pelo autor. Elimina os sítios medievais posteriores à conquista portuguesa, que saem do âmbito deste trabalho, em que se incluem todas as torres costeiras mesmo se algumas possam ter tido uma origem anterior, que se desconhece. Tem também um carácter resumido, nomeadamente na descrição do sítio romano de Marim, tratado à parte (http://imprompto.blogspot.com/search/label/Marim).

Não houve qualquer preocupação em respeitar limites administrativos antigos ou actuais.

Destaca-se a identificação de 59 estações distintas, das quais 39 do período romano e/ou tardo-antigo.

Abreviaturas bibliográficas do catálogo

ADD Algumas doações de D.Dinis em Faro e seu termo, J. Fernandes de Mascarenhas, separata dos Anais do Município de Faro 1974, Faro

AMA Antiguidades monumentais do Algarve, 1887-1891,S. Estácio da Veiga, Lisboa

ARA Arqueologia romana do Algarve, 1972. Vol. 2, Maria Luísa E.V. Affonso, Lisboa

CA Carta Arqueológica de Portugal, 1995. Concelho de Olhão. Coord. de Teresa Marques, Lisboa

EAA Elementos de Arqueologia sobre o Algarve, 1967, J. Fernandes de Mascarenhas, Tavira

EPS “Estabelecimento de produção de salga da época romana na Quinta de Marim (Olhão). Resultados preliminares das escavações de 1988-89” in Setúbal Arqueológica, vol. IX-X (1992), pp. 335-374

FC Fornos de cerâmica e outros vestígios romanos do Algarve, 1974, J. Fernandes de Mascarenhas, Lourenço Marques

IRCP Inscrições romanas do Conventus Pacensis, 1984, José d´Encarnação, Coimbra

NAH Notas de Arqueologia e História sobre o Algarve, 1989, J. Fernandes de Mascarenhas, Olhão

NDA Novas descobertas arqueológicas no concelho de Olhão, J. Fernandes de Mascarenhas, 1993, Olhão

RMM Roteiro dos monumentos militares portugueses, Vol. III, João de Almeida, 1947, Lisboa

RP Roman Portugal. Gazeeteer, Vol. II, Fasc. 3, Jorge de Alarcão, 1988, Warminster

SBA São Brás de Alportel na Antiguidade, Luís Fraga da Silva, 2002, Tavira

SEP A sepultura do Séc. II de um guerreiro com espada (Morgado de Dona Menga – Tavira), David Calado, Rev. Conimbriga XXXVIII, 1999, pp. 215-223, Coimbra.

CATÁLOGO

Nome

Localização

Achados

Período

Bibliografia

1

Cerro da Cabeça


Muitos machados de pedra

"Pré-História"

AMA,IV, p.106

2

Moncarapacho

Junto à aldeia

Dois machados de pedra polida (um representado na estampa XX, nº3)

"Pré-História"

AMA,I, p.84-85

AMA,IV, p.106-7

3

Moita Redonda


3 sepulturas de inumação com fragmentos de ânforas, destruídas

Antiguidade Tardia

CA, p.83

4

Moncarapacho

Sobrados (Estrada para Santa Catarina)

Necrópole de inumação páleo-cristã. Sepulturas de forma trapezoidal semelhantes às de Odrinhas e Mértola. 1.70x.45m escavadas no caliço e cobertas por duas lajes toscas de caliço.

Sem espólio ma com vestígios de sudário. Orientadas a E-O numa encosta voltada a Nascente. Esqueletos ditados de lado ou encolhidos com a cabeça voltada para Oeste.

Uma estela anepígrafa desaparecida

24 sepulturas, mas deve ter havido muitas mais pois apareceram na zona muitos outros esqueletos.

Antiguidade Tardia

EAA, p.48-56

5

Barria


Ídolo oculado e sepultura desaparecida

Calcolítico

NDA p. 14-17

6

Cerro da Cabeça

Gruta

Placa ídolo

Calcolítico

NDA, p.17

7

Moncarapacho

Sem localização

Três ídolos oculados (exceptuando o da Barria)

Calcolítico

NDA, p.14-17 e 19-22

8

Canada de Bias

40 m a N da estrada de Faro

Sepultura quadrangular de inumação com fragmentos de cerâmica

Na área e no caminho para o poço da Amoreira foram destruídas outras semelhantes, com pedras de raio e “lancetas de sangrar gado” em cobre.

Idade do Bronze

CA, p.99

AMA,IV, p.105-6

9

Cerro da Cabeça

Fazenda de José Catarina

Sepulturas quase quadradas, destruídas

Idade do Bronze

AMA,IV, p.106

10

Cerro de Argil

SE do cerro da Cabeça

Sepulturas quase quadradas, destruídas

Idade do Bronze

AMA,IV, p.106

11

Foupana

Propriedade de António Palermo

Sepulturas quase quadradas, destruídas

Idade do Bronze

AMA,IV, p.106

12

Rua dos Parreirões

Fazenda de Francisco Pacheco

Sepulturas quase quadradas, destruídas

Idade do Bronze

AMA,IV, p.106

13

Cerro da Cabeça

Gruta do Abismo

Objectos “deixados pelos mouros”

Indeterminado

AMA,I, p.84

14

Cerro de São Miguel

Marco geodésico

Vestígios de ruínas e construções circulares na face Sul

Indeterminado

Inédito

15

Poço da Areia


Silo

Indeterminado

CA, p.87

16

Cerro de São Miguel

Ermida

Pia de pedra, com a forma de rosa de oito pétalas, semelhante à de Cacela. Usada provavelmente para abluções e posteriormente reutilizada como pia de água-benta.

Islâmico

NAH, p. 18-21

17

Hortinhola

Dentro de um poço

Silo, alcatruzes, cerâmica comum, poço

Cerâmica “visigótica” ?

Islâmico

EAA, p.59-60

18

Moinho do Tesouro


Cerâmicas comuns de pasta branca e vidrada

Islâmico

CA, p.83

19

Palmeira


Silo

Islâmico

CA, p.75

20

Vale da Serra


Cerâmica vidrada e melada, telhas

Islâmico

CA, p.71

21

Poço da Amoreira

Bias do Norte

Silo, Torre

Islâmico ?

EAA, p.61

CA, p.95

22

Murtais


Muros arruinados de torre ou fortificação

Medieval ?

RMM

23

Alfanxia


Dois fornos de olaria, quantidades enormes de restos de cerâmica e cinzas. Fornos cilíndricos com tecto em abóbada de tijolo, com 5 arcos. 2m de altura e 2.8 m de diâmetro. Poço de cinzas com 17 m de comprimento.

Lateres, tégulas, imbrices, dólias, ânforas e lucernas (uma com um caranguejo em relevo).

Asa de ânfora com marca de oleiro DASIM/VSTELI

Muros, tanque de formigão com 1.8x1.6m

Canal de abastecimento de água

Moeda de Augusto e de Nerva

Mó quebrada

Necrópole com várias sepulturas de inumação, revestidas de placas de argila. Uma tinha um cipo epigrafado D.M.S./AMIMETVS/VI. ANN. XXIII/H.S.E.S.T.T.L., datável de finais do séc. II ou princípios do III.

Romano

FC, p.9-14,20

EAA, p.36-37

NAH, p.15

IRCP, p.83-84

24

Areias


Moeda de bronze de Maximino Pio ou Maximiano (Séc. III).

Romano

NAH, p.16

25

Arouca

Prop. de João Mascarenhas de Mendonça

Lápide funerária de Titus Manlius Lacon, datada do séc. II

D(IS) M(ANIBVS) S(ACRVM) T(ITVS) MANLIVS LACON ANNOR(VM) LV H(IC) S(ITVS) E(ST) S(IT) T(IBI) T(ERRA) L(EVIS)

Romano

EAA, p.41-43

CA, p.87

IRCP, p.92

26

Atabueira


Tégulas e moedas várias, desaparecidas

Romano


27

Barria


Moeda(s?)

Romano

NAH, p.15

28

Belamandil


Benamadil no tempo de D. Dinis

Necrópole de incineração destruída, com objectos de vidro.

Patera funerária e lateres. 3 unguentários depositados no Museu de Faro.

Moeda de bronze de Cláudio I

Romano

ADD, p.4-6

ARA, p. 247-8


29

Bias do Sul

Alguns metros a Sul da Estrada Nacional, perto duma nora

Marco miliário e termo Augustal: AVG(VSTO) PONTIFICI / MAXIMO / MILLIA PASSUUM DECEM

Romano

EAA, p.7-15

30

Bias do Sul

Entre a estrada e o mar

Numerosos vestígios de materiais de construção romanos, próximo do mar, sobretudo tijolos muito reutilizados. Fuste de grossa coluna maciça, encontrado perto da estrada. Tradição local de "cidade" perto da costa.

Romano

EAA, p.10-11

31

Cerro de São Miguel

Face Oriental

Troço de calçada na base, próximo de um forno de cal, e via parcialmente escavada na rocha pela face Norte do barranco, com muros de suporte e prováveis sinais de rodado de carroças. O caminho está cortado pelo talude da estrada moderna, de acesso ao cume.

Romano

SBA, mapa 5

Verificado por

Maria e Manuel Maia

32

Cruz da Pedra


Moeda(s?)

Romano

NAH, p.15

33

Gião


Moeda(s?)

Romano

NAH, p.15

34

Horta do Quintalinho


Moeda(s?)

Romano

NAH, p.15

35

Livramento

Conc. de Tavira

Moedas do séc. III e IV

Romano

RP, p.209

36

Marim

Quinta de Marim

Grande villa, com numerosos elementos arquitectónicos e decorativos e cella vinária ou oleária

Templo pagão privado de meados séc. IV

Balneário

Duas necrópoles com numerosos vestígios epigráficos, tumulares e de espólio funerário (sécs. II-III)

Diversos objectos domésticos e pessoais

Tesouro de 100 aureus de Honório

Elementos Tardo-Antigos do séc. V e talvez posteriores, incluindo cerâmica "late roman C" e inscrições cristãs.

Romano

Antiguidade Tardia

ARA, p.249-286

IRCP, p.82-101

RP, p.208


Marim

Marinhas da Ana Pereira

Fábrica de salga, com edificações, duas linhas de cetárias, duas fornalhas, forno de cal. Concheiro de "Murex brandaria". Espólio diverso e abundante, nomeadamente ânforas e sigillatas de várias origens, cerâmica africana e local. Pesos de pesca, 1 moeda séc. III, 4 ânforas almagro 50 com a marca IVNIORVM, de produções locais de produtos piscícolas

Romano

Séc. III

EPS

38

Marim

Guarda Fiscal

Cetária isolada, com ruínas de edificação modesta e poucos vestígios

Romano

Informação de Cristina Garcia

39

Marinhas de José Guerreiro


Ânforas romanas intactas

Tijolos de argila vermelha

Romano

FC, p.15-16

40

Moncarapacho

Casa de Xavier Martins

4 tégulas com sulcos digitais sinuosos. Provavelmente pertencentes a sepultura de incineração

Romano

FC, p.18

41

Moncarapacho

Horta do padre Graça

Moedas e achados não especificados, Silo

Romano

NAH, p.15

CA, p.79

42

Moncarapacho

Largo do Poço

2 moedas, 1 de Sétimo Severo

Romano

NAH, p.15

43

Moncarapacho

Sobrados

Vestígios de forno de olaria: grande quantidade de restos de louça de barro e cinzas. Paredes de alvenaria revestidas a formigão romano.

Poço com 2 m de profundidade, revestido a formigão romano.

Local junto à necrópole

Romano

EAA, p.51

44

Moncarapacho

Sem localização

Moeda de bronze de Honório

Romano

EAA, p.52

45

Morgado de D.Menga


Materiais de construção

Muitas sepulturas de inumação, algumas com brincos metálicos

Moedas, das quais 1 bronze de Séptimo Severo

Mó de lagar (de azeite?)

Duas construções subterrâneas, uma com cascas de marisco no fundo.

Túmulo de incineração tapado com grande laje, construção quadrada em tijolo com unguentário verde translúcido, idêntico ao do M.N.A:

Sepultura de inumação coberta por três lajes de pedra,de militar com espada de ferro de 55cm, aparentemente germânica e fragmentos de aryballos em vidro da 2ª metade do séc. I e copo do Séc. II. Orientação N-S.

Na propriedade existe uma nascente chamada Buraco Santo, a que se atribuem propriedades medicinais na cura de chagas.

Romano

EAA, p.29-31

SEP

46

Murtais


Cerâmica comum e sigillata associadas a concheiro compacto

Romano

CA, p.75

47

Olarias


Moeda(s?)

Romano

NAH, p.15

48

Palmeira


Materiais de construção

Romano

NAH, p.32-33

49

Parra


Várias sepulturas de inumação, cada uma com dois esqueletos em sentido oposto. Pequeno frasco de vidro na cabeceira de cada um delas.

Romano

FC, p.19-20

50

Quelfes

Junto à ponte

Lápide votiva: [...]REI[...]NI TVRVBRI[...]/[...]E EX NARAC[...]/[...]V SVOTV SO[LVIT?]

Romano

FC p.20-23

IRCP, p.81

51

Quintã


Sarcófago de pedra 1.94x0.56x0.51 originalmente com tampa

Romano

FC p.17-18

52

Romeirão


Estruturas arrasadas e grande lápide com inscrição, destruída. Materiais de construção

Diversas moedas romanas do período imperial

Romano

ARA, p.291

AMA II, p.578

53

Torrejão Velho

Belamandil

Balneário

Sepulturas desaparecidas

Tijolos, lateres, frag. de vasos de vidro

Anzóis de bronze e obj. metálicos

Capitel coríntio

Tesouro de muitas moedas, grande parte espalhadas, com um núcleo de 50, da República ao séc. IV. As de Constantino Magno são as mais numerosas, seguidas das de Filipe o Árabe e sua mulher.

Romano

NAH p.7-13

54

Vale da Serra


Represa em opus signinum


Romano

CA, p.75

EAA, p.32-33

55

Vale da Serra


Restos de calçada entre o cerro da Calada a da Cabeça, na direcção da Foupana

Romano

EAA, p.32-33

56

Lameiro


Calçada, que se prolongava até à D. Menga

Romano ?

NAH, p.32-33

57

Poço do Ouro


3 sepulturas quadradas de incineração, revestidas a tijolo em todas as faces

Romano ?

FC, p.12

58

Cerro da Cabeça

Face NE

Via calçada na direcção Norte-Sul. O troço mais longo tem um pavimento de pequenas lajes irregulares, segundo uma tipologia medieval ou moderna. Corresponde a um caminho e logradouro público conhecido localmente como "dos caçadores" e de "Portugal". Foi recentemente apropriado, em grande parte, por propriedade privadas. Mantém, na sua extremidade NE, transformada em "rua" privada de um monte tradicional, uma parte com lajeado de características romanas, no sentido do Monte do Tesouro e Estiramantens.

Romano e Idade Média/Moderno

SBA, mapa 5

Verificado por

Maria e Manuel Maia

59

Moncarapacho

Sobrados

(Casa do Povo)

Anel de ágata com figura de legionário armado (elmo, lança e escudo oval)

5 sepulturas idênticas às da necrópole

"telhas muito grossas", pedaços de potes

Romano,

Antiguidade Tardia

EAA, p.34-35


4 comments:

  1. Como tem um texto sobre Aljezur, gostaria que desse uma vista de olhos no artigo que publiquei sobre o topónimo "Aljezur" na revista Al.Rihana, também disponível na página Celtiberia.
    Obrigado!
    ventura.1973@gmail.com

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  2. Conheci o Dr. Mascarenhas durante o I Encontro de Espeleologia do Algarve, realizado pelo CEEAA em Moncarapacho, julgo que em 1981. Eu integrava o GIAE (Grupo de Insvestigação Arqueológica e Espeleológica), hoje CES - Centro de Estudos Subterrâneos de Lagos. Nessa altura, o distinto "resistente" das coisas da História e do Património mostrou-nos um ídolo - que não consigo identificar na lista apresentada - se a memória não me falha seria em matéria semelhante ao grauvaque, pelo menos em cor, e teria uns 30 a 35 cm de altura. Mais não me lembro porque nessa altura era a Espeleologia que nos movia, e não a Arqueologia ou a História.
    Indesculpavelmente, para mim, Olhanense de berço, não conheço a amplitude do trabalho do Dr. Mascarenhas. Conheço a do homólogo dele em Lagos, o Dr. Tello Queiróz. Receio que com o desapareceimento destas gerações de abnegados investigadores, desapareça algo mais do que a paixão e o apego às coisas do património histórico e cultural local e regional.
    Valham-nos as excepções, um ou outro oásis num deserto cada vez mais vasto.
    Parabéns pelo excelente blogue que aqui tem, Dr. Luís Fraga da Silva. E parabéns pelo qualidade das suas investigações e pelo sentido que lhes imprime.

    Saúde!

    Francisco Castelo
    Técn. História e Fotógrafo da CMLagos
    Membro do CEMAL

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  3. Caro Ruy Ventura. Tive finalmente oportunidade de ler o seu interessante artigo. Responder-lhe-ei assim que puder.
    Obrigado pelo comentário
    Luís Fraga

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  4. Caro Francisco Castelo

    Muito obrigado pelas suas gentis palavras sobre o blog e, sobretudo, pelo seu muito pertinente comentário relativo a Fernandes Mascarenhas e aos da sua geração.

    Saudações cordiais
    Luis Fraga

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